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Observatory

Fotografia da Semana

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potw2213-pt — Fotografia da Semana

À procura de joias

28 de Março de 2022: Este rastro de estrelas foi capturado por cima do Observatório de La Silla do ESO, no deserto chileno do Atacama. Os rastros de estrelas têm origem na rotação da Terra; nesta exposição longa, as estrelas parecem circular em torno do pólo sul celeste. Quase irreconhecíveis são a Nebulosa Carina (uma mancha magenta brilhante no centro à esquerda) e a Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães (manchas azuis no centro em cima e à direita, respetivamente). Apontados diretamente para o vórtice estrelado temos dois dos três telescópios BlackGEM, construídos e operados pelas Universidade Radboud, Netherlands Research School for Astronomy (NOVA) e KU Leuven. O terceiro telescópio à direita ainda estava a ser construído quando esta fotografia foi tirada, vendo-se por isso apenas uma plataforma sem cúpula. O BlackGEM está a ser testado, desde este mês, e irá ser eventualmente expandido para 15 telescópios, capazes de levar a cabo enormes rastreios ...

potw2212-pt — Fotografia da Semana

Domando os céus

21 de Março de 2022: Raios laser poderosos são lançados pelo Telescópio Principal nº 4 do Very Large Telescope (VLT) do ESO, instalado no deserto chileno do Atacama. O seu destino? Uma camada superior da atmosfera terrestre, a cerca de 90 km de altitude, rica em átomos de sódio. A cor dos lasers está calibrada para excitar estes átomos, fazendo com que brilhem intensamente, tal como estrelas. Os astrónomos usam estas estrelas artificiais para calcular os efeitos de distorção, causados pela atmosfera terrestre, na luz dos objetos astronómicos. Um espelho deformável usa esta informação para corrigir o efeito em tempo real através de uma técnica chamada óptica adaptativa, permitindo-nos assim obter imagens muito mais nítidas. Este telescópio, também chamado Yepun, é o único do VLT equipado com uma Infraestrutura de Estrela Guia Laser. Cada raio tem uma largura de 30 cm e 22 watts de potência. Por razões de segurança, o sistema está equipado com ...

potw2211-pt — Fotografia da Semana

Uma espiral dourada hipnotizante

14 de Março de 2022: Esta imagem mostra a galáxia NGC 4254, também conhecida como Messier 99. Trata-se de um exemplo de uma espiral de grande design, com braços em espiral bem definidos e proeminentes que se entrelaçam claramente em torno do centro da galáxia. Messier 99 situa-se a 49 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação da Cabeleira de Berenices. Podemos vê-la nesta imagem com um detalhe extraordinário obtido com o instrumento MUSE (Multi-Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO. A imagem mostra uma combinação de observações levadas a cabo em diferentes cores, ou comprimentos de onda, da luz, onde se vêem nuvens e gás ionizado por estrelas recém nascidas. Os gases de hidrogénio, oxigénio e enxofre estão a vermelho, azul e laranja, respectivamente. Esta imagem foi obtida no âmbito do projeto PHANGS (Physics at High Angular resolution in Nearby GalaxieS), que observa galáxias próximas em alta resolução ...

potw2210-pt — Fotografia da Semana

Algo novo no céu

7 de Março de 2022: A cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação do Escultor encontra-se uma galáxia algo peculiar conhecida por galáxia da roda da carroça. Esta galáxia era uma galáxia normal até ter sofrido uma interação de frente com uma galáxia companheira mais pequena há vários milhões de anos atrás, o que lhe deu esta aparência tão característica da roda de uma carroça. No entanto, há ainda outras coisas curiosas relativas a este objeto. Está a ocorrer algo muito interessante no canto inferior esquerdo da imagem da direita, imagem esta capturada em Dezembro de 2021 com o New Technology Telescope (NTT) do ESO: uma supernova. A imagem da esquerda, obtida em Agosto de 2014 com o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO, mostra a galáxia antes da ocorrência desta supernova. Este evento, chamado SN2021afdx, trata-se de uma supernova do tipo II, que ...

potw2209-pt — Fotografia da Semana

Uma estrada para as estrelas

28 de Fevereiro de 2022: Esta imagem noturna, obtida perto do telescópio dinamarquês de 1,54 metros e do telescópio de 3,6 metros do ESO na estrada que leva até La Silla, mostra a Via Láctea por cima do horizonte, acompanhada pelas Nuvens de Magalhães. O telescópio de 3,6 metros do ESO, que podemos ver ao fundo, no topo de uma elevação mesmo no centro da imagem, acolhe o HARPS, um instrumento dedicado à descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar pelo método das velocidades radiais. Este método permite detectar um planeta através de medições dos movimentos de oscilação da estrela central, movimentos estes que são causados pela atração gravitacional do próprio planeta. As torres à esquerda são estruturas de suporte dos telescópios BlackGEM, os quais não estavam ainda instalados quando a fotografia foi tirada. BlackGEM é um conjunto de telescópios que procurarão a luz emitida pelas contrapartes ópticas das mais poderosas fontes de ondas ...

potw2208-pt — Fotografia da Semana

Nascer do Sol no Cerro Armazones

21 de Fevereiro de 2022: O Sol nasce por detrás do Cerro Armazones nesta imagem de 2016, os raios solares a marcar a silhueta plana do topo da montanha e Vénus no céu logo por cima da montanha a testemunhar o início do novo dia. Esta fotografia é um exemplo perfeito dos raios crepusculares, que nos aparecem quando objetos tais como nuvens ou montanhas bloqueiam parte da luz solar que nos chega, um fenómeno que ocorre tipicamente durante o nascer e o pôr do Sol, na altura em que a nossa estrela se encontra baixa no horizonte ou mesmo por baixo dele. O topo do Cerro Armazones foi aplanado para aí ser colocado o Extremely Large Telescope (ELT), o próximo observatório emblemático do ESO que se encontra atualmente em construção. Com o seu espelho primário de 39 metros de diâmetro, o ELT será o maior olho do mundo virado para o Universo, capaz de colectar ...

potw2207-pt — Fotografia da Semana

Três são demais?...

14 de Fevereiro de 2022: É entre Marte e Júpiter, na chamada cintura de asteroides principal, que se situam algumas das relíquias do Sistema Solar primordial. Esta cintura encontra-se repleta de asteroides invulgares cujas origens revelam os blocos constituintes dos planetas terrestres primordiais. Entre eles, um dos mais intrigantes é Electra, o qual podemos ver nesta imagem obtida com o instrumento SPHERE, instalado no Very Large Telescope do ESO no Paranal, Chile. Anteriormente, Electra era conhecido por ter não uma mas duas luas em sua órbita, as quais podemos ver na imagem marcadas com órbitas laranja e verde, respetivamente. Agora, uma equipa de astrónomos, liderada por Anthony Berdeu do Instituto Nacional de Investigação Astronómica da Tailândia, acaba de descobrir um novo satélite em órbita deste asteroide — assinalado com a órbita azul na imagem. Esta descoberta faz de Electra o primeiro sistema quádruplo de asteroides descoberto. Esta terceira lua de Electra agora descoberta, nomeada provisoriamente ...

potw2206-pt — Fotografia da Semana

Buraco negro apanhado a soprar uma rajada

7 de Fevereiro de 2022: Situada a cerca de 70 milhões de anos-luz de distância da Terra na direção da constelação do Grou, encontra-se a galáxia NGC 7582 — uma galáxia em espiral que alberga no seu centro um buraco negro supermassivo. Estas imagens foram obtidas com o auxílio do instrumento MUSE montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO no âmbito dum estudo que pretende descobrir o efeito dum buraco negro ativo na formação estelar na galáxia. Esta galáxia possui um núcleo galáctico ativo (AGN, sigla do inglês) — um motor central extremamente energético alimentado por um buraco negro supermassivo que "engole" matéria da sua vizinhança imediata. Este processo aquece a matéria, ejetando enormes quantidades de energia e ventos poderosos para a região que o circunda. No entanto, que efeito terá este processo na galáxia como um todo? Para o descobrir, um estudo recente, liderado por Stéphanie Juneau do NOIRLab da NSF, EUA, observou ...

potw2205-pt — Fotografia da Semana

Fundações extremamente fortes

31 de Janeiro de 2022: A construção do "maior olho do mundo virado para o céu", o Extremely Large Telescope (ELT) do ESO, avança bem! Depois de uma diminuição significativa do ritmo do trabalho devido à pandemia de COVID-19 — que incluiu quase um ano de encerramento completo do local — o trabalho recomeçou em meados de 2021. Como esta imagem de Janeiro de 2022 mostra, foram já colocadas as fundações do gigantesco telescópio de 39 metros, o que nos aproxima cada vez mais do momento de desvendar alguns dos mais elusivos mistérios do Universo. A forma inicial da cúpula do ELT começa a notar-se. A estrutura imensa terá cerca de 80 metros de altura, com um diâmetro de aproximadamente 88 metros, o que equivale grosso modo à área de um campo de futebol. À esquerda podemos ver os andaimes e a primeira estrutura do cais da cúpula. Em torno deste cais construir-se-á um edifício ...

potw2204-pt — Fotografia da Semana

O efeito borboleta

24 de Janeiro de 2022: A cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, na constelação da Virgem, as duas galáxias NGC4567 e NGC4568, também chamadas Galáxias Borboleta devido à sua estrutura parecida com asas, começam a colidir e a fundir-se uma à outra. Podemos ver isso mesmo nesta imagem capturada pelo instrumento FORS2 (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph 2), montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO no Observatório do Paranal nos Andes chilenos. As colisões entre galáxias não são invulgares no Universo. Podemos imaginá-las violentas e catastróficas mas, na realidade, tratam-se de processos surpreendentemente pacíficos, tal como uma valsa executada por estrelas, gás e poeira e coreografada pela gravidade. Pensa-se que este tipo de colisão e fusão seja também o destino eventual da Via Láctea, a qual os cientistas acreditam que irá sofrer uma interação semelhante com a nossa galáxia vizinha, Andrómeda. O instrumento FORS2 é muitas vezes chamado o "canivete suíço" ...

potw2203-pt — Fotografia da Semana

Uma sentinela silenciosa

17 de Janeiro de 2022: Nesta Fotografia da Semana bastante etérea podemos ver o VLT Survey Telescope (VST) do ESO a perscrutar atentamente a Via Láctea, tal como uma sentinela silenciosa. O VST, que celebrou recentemente o seu 10º aniversário, situa-se no Observatório do Paranal do ESO, juntamente com o seu homónimo, o Very Large Telescope (VLT). No entanto, o VST tem um objetivo completamente diferente do VLT. Em vez de escrutinar pequenas partes do céu com todo o detalhe, este telescópio mapeia constantemente regiões muito maiores do céu, catalogando fontes celestes que vão desde estrelas próximas a galáxias longínquas. O Observatório do Paranal do ESO, situado no deserto chileno do Atacama, é um lugar ideal para levar a cabo astronomia feita a partir do solo, já que nos oferece mais de 300 noites claras por ano e a sua localização muito remota, longe de poluição luminosa, apresenta-nos céus suficientemente escuros para podermos ver a ...

potw2202-pt — Fotografia da Semana

Um redemoinho de caramelo cósmico

10 de Janeiro de 2022: Esta Fotografia da Semana quase que parece suficientemente boa para comer! No entanto, e apesar da sua semelhança com um delicioso doce de caramelo, trata-se na realidade de uma imagem da galáxia NGC 1300, situada a aproximadamente 61 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Erídano. A NGC 1300 é uma galáxia em espiral com uma barra de estrelas e gás — que vemos na imagem horizontalmente — e um anel central de formação estelar intensa. Esta imagem foi criada a partir de uma combinação de observações feitas a diferentes cores, ou comprimentos de onda, da luz. O brilho dourado do "caramelo" corresponde a nuvens de gás molecular, a matéria prima da qual se formam as estrelas. Estes dados foram obtidos com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), do qual o ESO é um parceiro. As regiões azuladas no fundo revelam a distribuição de estrelas já formadas ...

potw2201-pt — Fotografia da Semana

Quando gigantes se encontram

3 de Janeiro de 2022: O ponto enorme e muito brilhante é, sem dúvida, o protagonista da metade superior desta imagem do céu que cobre o Very Large Telescope (VLT) do ESO, situado no Cerro Paranal no deserto chileno do Atacama. No entanto, se olharmos com mais atenção, vemos que não se trata de apenas um ponto, mas sim de dois, muito próximos um do outro. O que estamos a observar é, de facto, uma conjunção de Júpiter e Saturno. Júpiter e Saturno são os dois maiores planetas do Sistema Solar, com quase 320 e 95 vezes a massa da Terra, respetivamente. Não são planetas rochosos, como a Terra ou Marte, sendo principalmente constituídos por hidrogénio. Ambos possuem dezenas de luas, muitas das quais não se formaram juntamente com o planeta que orbitam, tendo sido antes capturadas posteriormente pelos fortes campos gravitacionais dos seus planetas. As conjunções ocorrem quando dois objetos estão alinhados no céu, ...

potw2152-pt — Fotografia da Semana

Vistas invejáveis

27 de Dezembro de 2021: A partir da sua cúpula no topo do Cerro Paranal, no deserto chileno do Atacama, o telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy), operado pelo ESO, goza de uma vista deslumbrante não só dos majestosos céus austrais mas também do pico montanhoso adjacente, onde está instalado o Very Large Telescope (VLT) do ESO. Concebido e desenvolvido por um consórcio de 18 universidades do Reino Unido, o VISTA é o maior telescópio do mundo completamente dedicado a mapear o céu nos comprimentos de onda do infravermelho. Leva a cabo seis rastreios públicos que tomam a maior parte do seu tempo de observação. O objetivo é descobrir objetos tais como anãs castanhas, estrelas variáveis e quasares antigos, encontrar novas pistas em áreas como a natureza da matéria escura e estruturas galácticas, e ainda ajudar a produzir um mapa tridimensional de cerca de 5% de todo o Universo observável. Mas porquê ...

potw2151-pt — Fotografia da Semana

Boas Festas do Observatório Europeu do Sul!

20 de Dezembro de 2021: Com o ano de 2021 a chegar ao fim, desejamos a todos umas Festas Felizes! Tal como o anterior, o ano que agora termina foi também bastante desafiante para a maioria de nós. Aqui no ESO continuamos a trabalhar arduamente para explorar o Universo e partilhar os seus segredos com toda a gente, ao mesmo tempo que mantemos os nossos funcionários saudáveis e protegidos. Em nome de todo o pessoal do ESO, desejamos a todos um Feliz Natal e um Final de Ano muito saudável, assim como um excelente início de 2022!

potw2150-pt — Fotografia da Semana

13 de Dezembro de 2021: Parecendo um vórtice ou uma ilusão óptica, os círculos estrelados desta hipnotizante Fotografia da Semana transportam-nos até à paisagem montanhosa de cortar a respiração do deserto chileno do Atacama, local de acolhimento do Observatório de La Silla do ESO. Cada traço circular corresponde a uma estrela individual que desenha um rastro estelar. Tais rastros devem-se à rotação da Terra, que faz com que as estrelas pareçam mover-se ao longo do céu, traçando lentamente anéis perfeitos centrados no polo sul celeste. Para se obter uma fotografia como esta, a exposição tem que ser longa de modo a capturar a passagem do tempo. La Silla situa-se a cerca de 2400 metros acima do nível do mar e oferece-nos as condições de observação perfeitas para a obtenção de longas exposições como esta; o local apresenta mais de 300 noites límpidas por ano! É neste sítio que o ESO opera dois dos mais produtivos ...

potw2149-pt — Fotografia da Semana

A nova joia de La Silla

6 de Dezembro de 2021: Este retrato de família dos telescópios instalados no Observatório de La Silla do ESO foi tirado em 2019 durante o pôr do Sol, nas periferias do deserto chileno do Atacama. Bem no centro da imagem podemos ver um dos novos membros da família de La Silla: o BlackGEM, um conjunto de telescópios óticos que, muito em breve, irá juntar-se à procura de alguns dos eventos mais poderosos e dramáticos do Universo, tais como a fusão de estrelas de neutrões e buracos negros. Esta rede robótica foi desenvolvida por três instituições: Universidade Radboud (donde é controlada remotamente), Netherlands Research School for Astronomy (NOVA) e KU Leuven. Estes eventos exóticos dão origem a ondulações no tecido do espaço-tempo, as chamadas ondas gravitacionais. O BlackGEM trabalhará em conjunto com detectores de ondas gravitacionais, como o LIGO e o Virgo, para localizar no ótico as fontes responsáveis pelas ondas gravitacionais detectadas por estes instrumentos. ...

potw2148-pt — Fotografia da Semana

Colisões no céu

29 de Novembro de 2021: Tal como podem ocorrer colisões entre pessoas numa encruzinhada muito ocupada, o mesmo é verdade para as galáxias no Universo! No entanto, neste último caso, o resultado pode ser mais drástico do que um simples empurrão. Quando duas galáxias colidem, normalmente fundem-se dando origem a uma nova galáxia muito maior. Um exemplo disto é a galáxia NGC 7727, que vemos nesta imagem obtida pelo VLT Survey Telescope (VST) do ESO, no Chile. Situada a 89 milhões de anos-luz de distância da Terra na direção da constelação do Aquário, a NGC 7727 parece ser o resultado de um choque entre duas galáxias, que ocorreu há cerca de mil milhões de anos atrás. As consequências desta tremenda colisão cósmica ainda estão evidentes na forma peculiar e irregular da NGC 7727 e nas correntes de estrelas das suas regiões mais exteriores. A imagem foi obtida nos comprimentos de onda do visível no âmbito ...

potw2147-pt — Fotografia da Semana

Criador de estrelas

22 de Novembro de 2021: Potentes raios lasers são lançados de um dos quatro Telescópios Principais do Very Large Telescope (VLT) do ESO, situado no Observatório do Paranal, no Chile. Os raios atingem uma camada da atmosfera, situada a 90 km de altitude, muito rica em átomos de sódio, fazendo-os brilhar e criando assim estrelas artificiais no céu. Mas porquê? A atmosfera da Terra distorce a radiação que nos chega dos objetos cósmicos, diminuindo a nitidez das imagens astronómicas. Esta é também a razão pela qual as estrelas que vemos no céu noturno parecem "cintilar". Para corrigir as observações deste efeito, os astrónomos desenvolveram uma tecnologia chamada óptica adaptativa, na qual um espelho flexível é deformado centenas de vezes por segundo para contrabalançar a turbulência atmosférica. Para calcular as correções necessárias, são precisas estrelas de referência que estejam próximas no céu do objeto que está a ser observado. No entanto, nem sempre temos tais estrelas ...

potw2146-pt — Fotografia da Semana

É um carro! É um comboio! Não, é Júpiter!

15 de Novembro de 2021: Sim, a luz brilhante que vemos no centro desta imagem, mesmo por baixo da banda escura rosada da Via Láctea, é, de facto, o rei dos planetas do Sistema Solar! Júpiter está ladeado pelas duas montanhas onde se encontram instalados os Very Large Telescope (à esquerda) e o VISTA (à direita), ambos do ESO, no deserto chileno do Atacama. Júpiter é o maior dos planetas do nosso Sistema Solar e o terceiro objeto mais brilhante do céu noturno, sendo apenas ultrapassado pela Lua e por Vénus. Dar-lhe o nome do deus do céu e dos relâmpagos e trovões é certamente adequado! Composto essencialmente de hidrogénio e hélio, uma das marcas mais distintas de Júpiter é a famosa grande mancha vermelha, que observamos na sua superfície e se trata da maior tempestade existente no Sistema Solar. Júpiter foi já observado pelos telescópios de 8,2 metros do VLT em mais duma ocasião. ...

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