Nota de Imprensa
ESO e Chile assinam acordo para o E-ELT
13 de Outubro de 2011
Hoje numa cerimónia em Santiago, Chile, o Ministro chileno dos Negócios Estrangeiros, Alfredo Moreno, e o Diretor Geral do ESO, Tim de Zeeuw, assinaram um acordo relativo ao European Extremely Large Telescope. O acordo entre o ESO e o governo chileno inclui a doação de terreno para o telescópio, uma concessão de longo termo para estabelecer uma área protegida em seu redor e ainda o apoio do governo chileno na instalação do E-ELT.
O European Extremely Large Telescope (E-ELT), com um espelho primário de 40 metros de diâmetro, é já apelidado o maior olho no céu do mundo. Em Março de 2011 a montanha do Cerro Armazones na região de Antofagasta no Chile, foi selecionada pelo ESO como o futuro local do E-ELT. O novo telescópio integrará o Observatório do Paranal, do qual fazem já parte o Very Large Telescope (VLT), o interferómetro do VLT e os telescópios de rastreio. O Cerro Paranal situa-se a apenas 20 quilómetros do Cerro Armazones e por isso muitas das infraestruturas podem ser partilhadas entre os dois locais.
Este acordo representa outra contribuição significativa para a cooperação científica e tecnológica entre o Chile e o ESO, a qual começou em 1963 com a assinatura do primeiro acordo. O ESO e o Chile têm cooperado em muitos projetos relacionados com a astronomia, tanto a nível de instrumentação como a nível tecnológico, e também na formação de cientistas, engenheiros e técnicos, com o intuito de desenvolver cada vez mais a perceção e as competências astronómicas no Chile, uma das regiões do mundo líderes em astronomia.
“Este acordo torna possível a construção do E-ELT como parte do sistema do VLT. Aumenta também significativamente o nosso envolvimento e cooperação com a sociedade chilena e abre novas possibilidades a grandes descobertas e progresso tecnológico,” disse Tim de Zeeuw, Diretor Geral do ESO.
O acordo inclui a doação de 189 km2 de terreno em redor do Cerro Armazones para a instalação do E-ELT e a concessão durante 50 anos de uma área envolvente que representa mais 362 km2, indispensável para proteger o E-ELT de poluição luminosa e atividades mineiras. Juntando-se aos atuais 719 km2 de terreno em torno do Cerro Paranal, a área protegida total em redor do complexo Paranal-Armazones será de 1270 km2.
O ministro chileno dos Negócios Estrangeiros Alfredo Moreno disse: “O Chile possui o céu mais límpido de todo o planeta e acolhe os centros de observação astronómica mais importantes. É um dos nossos trunfos, mas é também uma parte da nossa contribuição para a Humanidade. A presença do ESO e do projeto E-ELT no nosso país são uma demonstração clara do interesse do Chile na promoção da tecnologia e da ciência”.
O governo chileno comprometeu-se igualmente a fornecer as infraestruturas necessárias, tais como a manutenção da rede de estradas que liga os observatórios a Antofagasta, assistência na ligação do Observatório do Paranal à rede nacional eléctrica a ainda assistência no estudo das possíveis soluções de fornecimento de energias renováveis.
Em troca, o ESO estende a quota de 10% de tempo de observação aprovada para as propostas de observação com o E-ELT feitas por astrónomos chilenos. Pelo menos três quartos destas propostas serão atribuídas a astrónomos chilenos que colaboram com astrónomos dos países membros do ESO. Este facto favorecerá o desenvolvimento de colaborações internacionais - um elemento fundamental num mega-projeto científico destas dimensões.
O E-ELT é de longe o projeto mais ambicioso do ESO. Com o começo das operações previsto para o início da próxima década, o E-ELT abordará os maiores desafios científicos da nossa época e focar-se-á numa série de descobertas inéditas notáveis, incluindo a descoberta de planetas semelhantes à Terra, que se encontrem na zona de habitabilidade de outras estrelas, orbitando assim onde a vida pode existir.
Informações adicionais
O ESO, o Observatório Europeu do Sul, é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é o observatório astronómico mais produtivo do mundo. O ESO é financiado por 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronómicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrónomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronómica. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronómico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio ALMA, o maior projeto astronómico que existe atualmente. O ESO encontra-se a planear o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio da classe dos 40 metros que observará na banda do visível e próximo infravermelho. O E-ELT será “o maior olho no céu do mundo”.
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Sobre a Nota de Imprensa
Nº da Notícia: | eso1139pt |
Nome: | Cerro Armazones, Extremely Large Telescope |
Tipo: | Unspecified : Technology : Observatory |
Facility: | Extremely Large Telescope |