Imagem do centro do Messier 4 obtida com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA

Esta imagem cintilante obtida com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra o centro do enxame globular Messier 4. O poder do Hubble resolve o enxame numa imensidão de esferas brilhantes, cada uma delas uma fornalha nuclear colossal.

O Messier 4 encontra-se relativamente próximo de nós, a cerca de 7200 anos-luz de distância, o que o torna um objeto importante de estudo. O enxame contém dezenas de milhares de estrelas e é conhecido por albergar muitas anãs brancas - os núcleos de estrelas antigas e moribundas, cujas camadas exteriores foram libertadas para o espaço.

Em julho de 2003, o Hubble ajudou a fazer a descoberta extraordinária de um planeta chamado PSR B1620-26 b, com 2.5 vezes a massa de Júpiter e que se encontra neste enxame. Estimou-se que o objeto tem uma idade de cerca de 13 mil milhões de anos - quase três vezes mais que o Sistema Solar. O que o torna igualmente invulgar é o facto de orbitar um sistema binário composto por uma anã branca e um pulsar (um tipo de estrela de neutrões).

Os astrónomos amadores poderão gostar de observar o Messier 4 no céu nocturno. Para isso, podem usar binóculos ou um pequeno telescópio e observar o céu próximo de Antares, uma estrela vermelha-alaranjada no Escorpião. O Messier 4 é brilhante para um enxame globular mas nunca se parecerá com a imagem detalhada obtida pelo Hubble: poderá apenas ver-se como uma pequena bola de luz desfocada.