Do Antu ao Yepun - A construção do VLT
O ESO faz 50 anos este ano e, para celebrar esta importante data, mostramos momentos do nosso passado. Uma vez por mês, durante todo o ano de 2012, publicamos uma Fotografia da Semana especial de comparação "Antes e Agora", onde mostramos como é que as coisas mudaram ao longo das décadas nos observatórios de La Silla e Paranal, nos gabinetes do ESO em Santiago do Chile e na Sede do ESO em Garching bei München, Alemanha.
O Very Large Telescope (VLT), a infraestrutura de referência do ESO situada no Cerro Paranal, Chile, é constituída por quatro Telescópios gigantes, cada um deles com um espelho primário de 8.2 metros de diâmetro, e por quatro telescópios amovíveis de 1.8 metros, os Telescópios Auxiliares. O nosso par de fotografias deste mês mostra um dos telescópios gigantes a ser construído e outro já construído, atualmente.
A fotografia histórica mostra o trabalho inicial de construção da cobertura do Telescópio 1, no final de outubro de 1995. As fundações de betão estavam terminadas e a parte inferior da estrutura de metal da cobertura estava já fixada às fundações. As primeiras peças da zona de rotação da cobertura do telescópio também já são visíveis - o príncipio de uma fenda larga pela qual o telescópio iria observar e a estrutura pesada, horizontal, que suportaria as portas de correr, pode também ser vista na direção da câmara. Este telescópio começou a observar a 25 de maio de 1998 (ver eso9820).
Durante a cerimónia de inauguração do Observatório do Paranal em 1999 (ver eso9921), deu-se a cada um dos telescópios um nome na língua da tribo nativa Mapuche. Os nomes - Antu, Kueyen, Melipal e Yepun - correspondem a quatro objetos proeminentes no céu: o Sol, a Lua, a constelação do Cruzeiro do Sul e Vénus [1], respectivamente.
A fotografia atual mostra o 4º Telescópio, Yepun, que começou a observar em setembro de 2000 (ver eso0028). No entanto, serve tão bem como o seu irmão Antu (Telescópio 1) para mostrar o VLT completamente construído, já que todos os telescópios são exactamente iguais, apenas diferindo no tipo de instrumentos disponíveis em cada um deles, o que dá aos astrónomos uma enorme quantidade de ferramentas para estudar o Universo. A estrutura amarela em frente ao Yepun é uma plataforma de elevação, M1, que pode deslocar-se entre os diferentes telescópios e é utilizada quando os enormes espelhos primários de 8.2 metros são periodicamente removidos para serem
revestidos de novo.
Nos anos que passaram desde que a fotografia histórica foi tirada, o primeiro dos telescópios ganhou um nome - Antu - e uma família, à medida que os outros telescópios se lhe juntaram no topo da montanha. Hoje, o VLT é o telescópio astronómico visível mais avançado do mundo, e o Antu, Yepun e os outros telescópios do Paranal desempenharam um papel determinante em tornar o ESO de longe no observatório terrestre mais produtivo do mundo!
Notas
[1] Yepun tinha sido traduzido como "Sirius" da altura da inauguração do Paranal (eso0921), no entanto, descobriu-se posteriormente que a tradução correcta é "Vénus".
Links
- Imagem histórica
- Imagem atual
- Composição lado a lado das imagens histórica e atual
- Mais sobre o Very Large Telescope do ESO
Créditos
ESO
Sobre a comparação de imagens
Id: | potw1249a |
Data de divulgação: | 3 de Dezembro de 2012 às 10:00 |