Um céu a aguarela
O deserto do Atacama no Chile é um dos locais mais escuros e calmos do planeta em termos astronómicos e, por isso mesmo, revelou-se ser o local ideal para colocar os vários observatórios e instrumentos do ESO.
Esta imagem mostra o Observatório do Paranal do ESO, local de acolhimento do enorme Very Large Telescope (VLT). Podemos ver os telescópios que compõem o VLT sob um céu repleto de estrelas com destaque principal para o arco brilhante da nossa Galáxia, a Via Láctea, e as Nuvens da Magalhães (à esquerda). Como esta imagem mostra bem, o céu sobre o Paranal não se apresenta completamente escuro. Após o pôr do Sol, a beleza do Universo é ensombrada pela atmosfera terrestre, que resplandece em tons que pintam o céu como se de uma aguarela se tratasse. Às pinceladas das longínquas nebulosas de emissão que adornam a Via Láctea e à constelação de Orion no centro superior da imagem, juntam-se as ténues faixas de verde, amarelo, vermelho e laranja que se encontram próximo do horizonte.
Esta paleta colorida corresponde à luminescência atmosférica — um brilho na atmosfera causada pelos processos químicos que ocorrem até algumas centenas de quilómetros por cima do solo. Assim que o Sol se põe a oeste (ao centro), a sua luz intensa é também refletida por grãos de rocha e gelo que se encontram entre nós e o Sol, fazendo com que brilhem e aparecendo no céu como uma mancha branca difusa (no centro perto do horizonte).
Créditos:ESO/P. Horálek
Sobre a imagem
Id: | potw2114a |
Língua: | pt |
Tipo: | Fotográfico |
Data de divulgação: | 5 de Abril de 2021 às 06:00 |
Tamanho: | 20704 x 7548 px |
Sobre o objeto
Nome: | Milky Way, VLT Unit Telescopes |
Tipo: | Unspecified : Sky Phenomenon : Night Sky Unspecified : Technology : Observatory |