Um espectáculo sobre La Silla
Quando a madrugada chega ao Observatório de La Silla do ESO revela-se-nos com todo o detalhe o esplendor do Universo para além do nosso pequeno planeta. A Via Láctea estende-se no céu como uma banda de poeira iluminada por trás pela luz de milhares de milhões de estrelas. As nuvens de poeira interestelar tornam-se mais espessas na direção da constelação do Sagitário, a qual marca o centro da Galáxia — o núcleo em torno do qual rodam os braços em espiral. O Centro Galáctico alberga também um buraco negro supermassivo que produz enormes quantidades de energia à medida que se "alimenta" do meio que o envolve (Sagitário A*).
Os telescópios do ESO ajudaram a caracterizar este enorme buraco negro. Um estudo de quase três décadas fez uso de vários telescópios emblemáticos do ESO — incluindo um dos Telescópios Principais de 8,2 metros (Yepun) do Very Large Telescope situado no Observatório do Paranal do ESO e o New Technology Telescope de 3,5 metros (NTT) em La Silla — para seguir os movimentos das estrelas em órbita do centro da Via Láctea. Estas observações revelaram muito sobre esta região, incluindo a sua distância à Terra, e indicaram que contém um objeto com quatro mil milhões de vezes mais massa que o Sol.
Esta não foi a única descoberta notável obtida em La Silla. Os telescópios deste observatório forneceram provas de que as explosões longas de raios gama estão ligadas à explosão final de estrelas massivas, contribuíram para a descoberta da aceleração da expansão do Universo e descobriram um exoplaneta potencialmente habitável em torno da estrela mais próxima da Terra, a Proxima Centauri.
Créditos:P. Horálek/ESO
Sobre a imagem
Id: | potw2018a |
Língua: | pt |
Tipo: | Fotográfico |
Data de divulgação: | 4 de Maio de 2020 às 06:00 |
Tamanho: | 23284 x 8747 px |
Field of View: | 360° x 135.2° |