Via Láctea em Cascata

Muitas fotografias astronómicas captam imagens extraordinárias do céu e esta não é uma excepção. Há, no entanto, algo invulgar neste panorama. Por trás do Very Large Telescope (VLT) do ESO, duas correntes de estrelas parecem descer tal qual quedas de água, ou talvez subir como colunas de fumo em direção aos céus. Este efeito deve-se ao facto do panorama capturar toda a cúpula do céu, desde o zénite até ao horizonte, 360º completos. As duas correntes são, de facto, uma banda única: o plano da nossa Galáxia, a Via Láctea, à medida que atravessa o céu de horizonte a horizonte. Quando passa por cima de nós, parece espalhar-se ao longo de toda a zona superior do panorama, devido à distorção que é necessária para contermos toda a cúpula do céu numa imagem plana rectangular.

Para percebermos melhor a imagem, imaginemos que a extrema esquerda está ligada à extrema direita, criando um arco à nossa volta e que, a parte de cima está toda contida num único ponto por cima de nós, ou seja, corresponde a toda a cúpula do céu que se encontra em cima.

Na parte esquerda da imagem, a silhueta da manga de vento do observatório pode ser vista por cima do edifício. À esquerda da manga de vento está uma mancha brilhante que é a Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da Via Láctea. À direita, no plano da Via Láctea, podemos ver o brilho avermelhado da Nebulosa Carina e por cima desta encontra-se a escuridão correspondente à Nebulosa Saco de Carvão, próxima do Cruzeiro do Sul. Um pouco mais para cima vemos as duas estrelas brilhantes de Alfa e Beta Centauri. Os quatro edifícios altos que se vêem na imagem acolhem os telescópios de 8.2 metros do VLT. Entre os dois telescópios da direita está o edifício mais pequeno do VLT Survey Telescope. À direita da imagem, podemos ainda observar o planeta Vénus que brilha mesmo por cima do horizonte.

Este panorama, que mostra não só o topo do Cerro Paranal, mas também o magnífico céu que o observatório estuda, foi criado pelo Embaixador Fotográfico do ESO Serge Brunier. Tal como a tecnologia de vanguarda do VLT expande a nossa visão do Universo, também Serge utilizou as técnicas fotográficas mais avançadas para capturar um hemisfério completo do céu numa só imagem - muito mais do que os nossos olhos poderiam ver duma só vez.

Links

Créditos:

ESO/S. Brunier

Sobre a imagem

Id:potw1224a
Língua:pt
Tipo:Fotográfico
Data de divulgação:11 de Junho de 2012 às 10:00
Tamanho:7815 x 2936 px
Field of View:360° x 135.2°

Sobre o objeto

Nome:Milky Way, Panorama, Very Large Telescope
Tipo:Unspecified : Technology : Observatory
Unspecified : Sky Phenomenon : Night Sky : Milky Way

Formatos de imagens

JPEG grande
2,3 MB

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