Fotografia da Semana 2024

5 de Fevereiro de 2024: Porquê usar um só telescópio para observar o céu? O planalto do Cerro Paranal, visto ao luar nesta Fotografia da Semana, alberga o Interferómetro do Very Large Telescope (VLTI) do ESO, uma equipa imparável de quatro Telescópios Principais de 8,2 metros e quatro Telescópios Auxiliares adicionais de 1,8 metros. Um interferómetro combina com precisão a luz colectada por telescópios individuais que observam o mesmo objeto no céu, o que permite aos astrónomos ver o Universo com um detalhe extraordinário. O VLTI utiliza uma combinação ou dos Telescópios Principais ou dos Auxiliares. Os Telescópios Auxiliares, um dos quais podemos ver no centro da imagem, estão colocados sobre carris para que se possam mover para 30 posições pré definidas na plataforma. Ao ser utilizado em diferentes configurações, o VLTI permite aos astrónomos observar diferentes níveis de detalhe. Enquanto os Telescópios Auxiliares foram especificamente concebidos para o VLTI, cada Telescópio Principal pode também ...

29 de Janeiro de 2024: Tal como um girassol a seguir o Sol, também a cúpula do Extremely Large Telescope (ELT) do ESO rodará para permitir ao telescópio fazer o seguimento de objetos celestes. Este vídeo, capturado sob o brilhante céu azul do Cerro Armazones no deserto chileno do Atacama, mostra o primeiro teste de rotação da cúpula do ELT. O teste consistiu em mover a cúpula 10 metros em cada direção, à velocidade de 1 centímetro por segundo, não obstante a velocidade final de funcionamento ir ser de uns 5 km/h (cerca de 1,39 metros por segundo). O teste foi levado a cabo por engenheiros da Cimolai, a empresa contratada pelo ESO para conceber e construir a cúpula do ELT e a estrutura do telescópio. As pessoas que vemos a trabalhar em velocidade acelerada no vídeo mostram bem, pela escala, o enorme tamanho desta cúpula de telescópio. Rodar esta estrutura não é tarefa fácil, ...

22 de Janeiro de 2024: Em Dezembro de 2023, os primeiros 18 segmentos do espelho primário do Extremely Large Telescope (ELT) do ESO partiram numa viagem de 10 000 km desde a Europa até ao deserto chileno do Atacama. Esta Fotografia da Semana captura o momento da verdade, altura em que os engenheiros do ESO desempacotaram e verificaram um dos segmentos nas Instalações Técnicas do ELT, para garantirem que tinha chegado em segurança ao Observatório do Paranal do ESO. Devido ao seu tamanho e extrema fragilidade — cada espelho tem uma espessura de 5 cm para um tamanho de metro e meio e é moldado com uma precisão nanométrica — os segmentos de espelho foram embalados separadamente, cada um no seu casulo protetor. Cada caixa encontra-se equipada com sensores de humidade, temperatura e choque para se poder monitorizar as condições internas durante a longa viagem. Quando carregadas nos veículos de transporte, as caixas foram amortecidas ...

15 de Janeiro de 2024: Apesar da constelação da Vela poder ser vista a olho nu no céu austral, o facto é que perdemos muitos pormenores aí escondidos, como os que vemos nesta Fotografia da Semana. Esta é uma pequena parte do remanescente da supernova da Vela, os restos intrincados da explosão de uma estrela massiva, que ocorreu há cerca de 11 000 anos. Esta imagem faz parte de um enorme e pormenorizado mosaico capturado com o VLT Survey Telescope (VST), instalado no Observatório do Paranal do ESO, no deserto chileno do Atacama. Nuvens filamentares rosa e laranja enchem esta imagem, fazendo-nos lembrar a sombra fantasmagórica de um pássaro cósmico com enormes asas laranja, um longo corpo rosa e uma estrela rosa brilhante a fazer de olho. Uma miríade de estrelas salpica toda a imagem. Quando atingem o final das suas vidas, as estrelas de grande massa explodem sob a forma de supernovas, expulsando as ...

8 de Janeiro de 2024: A elevada altitude e o ar seco do planalto do Chajnantor dá ao Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), operado pelo ESO e pelos seus parceiros internationais, uma janela perfeita para estudar o Universo escuro e frio. Nesta impressionante Fotografia da Semana, a paisagem ondulante e estéril do planalto mais parece um mundo alienígena do que o nosso próprio planeta. Felizmente, um fenómeno bem familiar traz-nos de volta à Terra: o nascimento da Lua Cheia ao pôr do Sol. Ao longo das suas diferentes fases lunares, a Lua nasce e põe-se em alturas diferentes, enquanto que ao longo do ano, este astro nasce e põe-se em diferentes locais do horizonte. Ao surgir-nos no horizonte, a Lua parece muitas vezes maior do que o habitual, mas isso deve-se apenas a uma famosa ilusão de ótica. A Lua é um corpo único no nosso Sistema Solar: é o único satélite natural da Terra ...

1 de Janeiro de 2024: Normalmente, o início do Ano Novo é marcado por espetáculos de fogo de artifício um pouco por todo o mundo, por isso pensámos em trazer-lhe o nosso próprio fogo de artifício espacial para dar início a 2024! Esta Fotografia da Semana é um vídeo time-lapse do céu noturno que cobre o Very Large Telescope (VLT) no Cerro Paranal, no Chile. Se olhar com atenção, consegue distinguir um vislumbre de um fogo de artifício extraterrestre, também conhecido como meteoro. Os meteoros são objectos do espaço exterior que ardem ao entrar a altas velocidades na atmosfera da Terra. Muitas vezes chamados "estrelas cadentes", os meteoros dão origem a deslumbrantes espetáculos quando atravessam a nossa atmosfera gasosa, aquecendo em resultado da sua fricção com o ar. Neste time-lapse acelerado, captado em Junho do ano passado, o meteoro deixou atrás de si um rasto de fumo que se dispersou lentamente na atmosfera. Segundo algumas ...