Fotografia da Semana

20 de Janeiro de 2025: Nesta Fotografia da Semana, tirada na Sede do ESO na Alemanha, vê-se o primeiro de 9 novos lasers que estão atualmente a ser construídos para duas das infraestruturas do Observatório do Paranal do ESO, no deserto chileno do Atacama. Mas porque é que os telescópios precisam de lasers? Não é para disparar aos extraterrestres, com certeza. Os lasers fazem parte do sistema de óptica adaptativa dos telescópios. Uma vez que os observatórios do ESO estão colocados no solo, a turbulência da atmosfera terrestre pode desfocar a nossa visão do cosmos e, com óptica adaptativa, podemos eliminar esta desfocagem em tempo real. O laser cria uma estrela artificial ao excitar átomos de sódio na atmosfera, a cerca de 90 km de altitude. Um computador mede a forma como a atmosfera distorce a luz desta estrela e orienta um espelho deformável do telescópio para a compensar. O resultado é a obtenção de ...

13 de Janeiro de 2025: Durante muito tempo, a comunidade astrónomica pensou que as nuvens superiores de Júpiter, que criam as icónicas bandas castanhas claras do planeta, eram compostas de amoníaco gelado. No entanto, um novo estudo, que juntou astrónomos amadores e profissionais, mostrou que estas nuvens estão na realidade situadas mais baixo na atmosfera do que pensávamos e são feitas de algo completamente diferente: muito provavelmente hidrossulfureto de amónio misturado com neve tóxica. O astrónomo amador Steve Hill já tinha mostrado que conseguia mapear a atmosfera de Júpiter usando apenas filtros coloridos especiais no seu pequeno telescópio colocado no quintal. Estes resultados forneceram pistas iniciais de que as nuvens estariam demasiado profundas na atmosfera quente do planeta para serem consistentes com uma composição de gelo de amoníaco. Para verificar este facto, Hill juntou-se a Patrick Irwin, da Universidade de Oxford, cuja equipa tinha já utilizado o instrumento MUSE, montado no Very Large Telescope (VLT) ...

6 de Janeiro de 2025: Os astrónomos concentram a sua atenção sobretudo no céu, mas às vezes também vale a pena olhar para o planeta que nos rodeia. À noite, o céu estrelado que cobre o deserto chileno do Atacama prende toda a nossa atenção, mas assim que a paisagem árida volta a estar iluminada pelo Sol, outras maravilhas saltam-nos imediatamente aos olhos. Esta Fotografia da Semana, por exemplo, poderia facilmente figurar numa revista de viagens. Foi tirada do Pukará de Quitor, uma fortaleza de pedra construída há vários séculos pela comunidade de Licán Antai, também conhecida por Atacameños. Situa-se próximo de San Pedro de Atacama, não muito longe do local onde está instalado o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), a rede de rádio telescópios que o ESO opera juntamente com os seus parceiros internacionais. Nesta imagem, o arco da fortaleza enquadra o vulcão Licancabur, que se ergue junto à fronteira entre o Chile e ...

30 de Dezembro de 2024: Nesta Fotografia da Semana vemos "cogumelos a crescer" no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, banhados pela luz ténue do pôr do Sol. Mas... não são cogumelos, são telescópios! À esquerda temos o telescópio dinamarquês de 1,54 metros e, à direita, os três telescópios da rede BlackGEM. O telescópio dinamarquês de 1,54 metros conta já com mais de 40 anos de investigação astronómica. Observou pela primeira vez a luz visível associada a eventos energéticos rápidos conhecidos por explosões curtas de raios gama e mostrou que estas explosões resultam provavelmente da fusão de duas estrelas de neutrões. Operado conjuntamente por grupos de investigação da Dinamarca e da Chéquia, este telescópio observa todas as noites, como podemos constatar através da sua webcam. O telescópio dinamarquês de 1,54 metros não estuda apenas estes eventos energéticos, no entanto o BlackGEM, desenvolvido nos Países Baixos e na Bélgica, foi especificamente concebido para tal. ...

23 de Dezembro de 2024: Quanto tempo consegue ficar lá fora a observar o Universo quando está a nevar? Não precisa de experimentar, porque não vai conseguir competir com as antenas do ALMA que vemos nesta Fotografia da Semana. No planalto de Chajnantor, no Chile, o ESO opera o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), juntamente com os seus parceiros internacionais. Neste local, as temperaturas podem descer até aos 20°C negativos nas noites de Inverno, mas geralmente estas condições climatéricas frias não afetam o funcionamento das antenas rádio do ALMA. Em comparação com os telescópios ópticos, as antenas rádio são bastante resistentes. Os seus refletores metálicos cinzentos estão expostos a ventos cortantes e temperaturas oscilantes. Para que o espelho, ou antena, de um telescópio reflita corretamente a luz que recolhe, as imperfeições da sua superfície devem ser mais pequenas que o comprimento de onda da luz que colecta. Os espelhos dos telescópios ópticos têm de ser ...

16 de Dezembro de 2024: Com o ano de 2024 a chegar ao fim, queremos enviar-lhe votos astronómicos de Festas Felizes e tudo de bom para o Novo Ano que se aproxima! Imagens deslumbrantes de estrelas dentro e fora da nossa Galáxia, novos conhecimentos sobre buracos negros, novos exoplanetas... 2024 foi um ano repleto de descobertas espantosas. No ano que agora finda, o maior projeto do ESO, o Extremely Large Telescope, ultrapassou 60% da sua construção total. Muitos dos seus componentes foram construídos este ano, incluindo a célula do espelho M5 e os moldes em bruto dos segmentos do espelho principal, os sensores e atuadores, assim como as fontes laser, entre outros desenvolvimentos importantes relativos à instrumentação do telescópio. Um novo ano significa também novas resoluções, por isso, e através do nosso programa Expandindo Horizontes (Expanding Horizons), estamos já a abrir caminho a ideias inovadoras para o próximo projeto terrestre do ESO. Estas ideias irão ...

9 de Dezembro de 2024: Consegue ver uma raposa brincalhona, uma hiena sorrateira ou... uma cabeça de galinha nesta imagem? Localizada na constelação do Centauro, esta nuvem de gás faz parte da gigantesca Nebulosa da Galinha Corredora. Algumas pessoas vêem aqui a cabeça de uma galinha, outras vêem o rabo. Mas por muito que os cientistas gostem de dar estes nomes engraçados às nebulosas, o facto é que muitas vezes estas designações não são muito claras num campo internacional como a astronomia. É por isso que esta nebulosa é formalmente conhecida por outros dois nomes menos divertidos. Em 1955, o astrónomo australiano Colin Stanley Gum fez um compilação de 84 nebulosas de emissão do céu meridional no seu Catálogo Gum. Esta nebulosa tem o número 40 neste catálogo, sendo por isso conhecida por Gum 40. Mas, ainda antes de Gum, em 1888, o astrónomo dinamarquês John Louis Emil Dreyer tinha já compilado o Novo Catálogo ...

2 de Dezembro de 2024: Nesta Fotografia da Semana vemos o Yepun, o quarto Telescópio Principal do Very Large Telescope (VLT) do ESO, no Chile, contra o fundo colorido do plano galáctico da Via Láctea. Mas de que é constituída, de facto, a nossa Galáxia? Os ingredientes principais são estrelas, planetas, muito gás e poeira. Mistura-se tudo, liga-se com a gravidade, adiciona-se uma grande porção de matéria escura e pronto: temos uma galáxia! Tal como as bolachas, as galáxias podem ser de todas as formas e tamanhos. A nossa Galáxia é de tamanho médio e tem a forma de um disco com braços em espiral e um halo exterior que a rodeia. Como o nosso Sistema Solar se encontra num dos braços espirais da Via Láctea, a cerca de 25 000 anos-luz de distância do centro, apenas conseguimos vemos uma pequena fração da Galáxia quando olhamos para o céu. O centro galáctico encontra-se envolvido por ...

25 de Novembro de 2024: Nesta Fotografia da Semana vemos a torre central do Extremely Large Telescope's (ELT) do ESO destacada contra o céu azul do Chile. Com uma altura equivalente a um edifício de três andares, a torre é bastante impressionante por si só, no entanto constitui apenas uma pequena parte da superestrutura que será o ELT. Esta estrutura suportará três dos cinco espelhos do ELT, todos com formas e tamanhos diferentes: o M3, que será colocado na base da torre, o M4, no topo, e o M5, que ocupará o centro. Juntos, estes espelhos guiarão a radiação capturada pelo telescópio até aos seus instrumentos, os quais obterão as imagens e os dados. Neste vídeo, podemos ver como é que a luz viaja através do telescópio. O M4, que será colocado no topo da torre, será o maior espelho de óptica adaptativa alguma vez construído. A sua superfície pode deformar-se até 1000 vezes por ...

18 de Novembro de 2024: Isto parece-lhe ficção científica? Bem, é ciência, mas definitivamente não é ficção. Nesta Fotografia da Semana, os lasers do Very Large Telescope (VLT) do ESO estão a criar estrelas artificiais no céu do Chile. É uma das maneiras inteligentes que os engenheiros têm de contornarem o maior inimigo dos telescópios colocados no solo: a atmosfera da Terra. Quando as estrelas cintilam, trata-se do efeito da turbulência na nossa atmosfera. A turbulência distorce os sinais vindos do espaço, dando origem a imagens desfocadas. É por isso que os telescópios do ESO estão situados em locais altos e secos no deserto: uma atmosfera mais fina significa menos perturbações. Os telescópios modernos utilizam óptica adaptativa para contrariar estas perturbações e melhorar a resolução das imagens. É aqui que os lasers entram em ação, criando estrelas artificiais a 90 km de altitude no céu, ao excitar átomos de sódio na atmosfera superior. Durante as ...

11 de Novembro de 2024: Se pedir a alguém que lhe descreva um deserto, falar-lhe-ão certamente em paisagens arenosas e tons ocres. Normalmente essa é a descrição correcta, no entanto, há excepções como podemos ver nesta Fotografia da Semana. Durante a maior parte do ano, as antenas brancas do Atacama Large Millimitre/Submillimetre Array (ALMA), operado pelo ESO e pelos seus parceiros internacionais, destacam-se contra o fundo avermelhado do deserto do Atacama. De vez em quando, porém, a paisagem transforma-se e as antenas quase que se escondem num panorama branco de neve. O Atacama situa-se entre os Andes e a Cordilheira da Costa Chilena, cadeias de montanhas altas que escudam o deserto de ventos húmidos, tornando-o num dos locais mais secos do planeta. Estas condições tornam locais como este onde o ALMA está instalado, ideais para observações astronómicas. No entanto, mesmo nestes lugares temos por vezes queda de chuva ou mesmo neve! Durante os meses de ...

4 de Novembro de 2024: Em 1989, a revista Sky & Telescope anunciou “O Melhor Telescópio de Sempre”. Mais de três décadas depois, o New Technology Telescope (NTT) de 3,58 metros continua a ser um membro ativo da família de telescópios do ESO no Observatório de La Silla. Nesta Fotografia da Semana, a distinta armadura brilhante do NTT vigia a paisagem árida do deserto chileno do Atacama. Muitos dos seus desenvolvimentos tecnológicos foram, de facto, mais tarde utilizados no Very Large Telescope (VLT) do ESO e agora no futuro Extremely Large Telescope do ESO. A principal inovação do NTT foi o seu sistema de óptica ativa. Os espelhos dos telescópios podem parecer perfeitamente lisos aos nossos olhos, mas as variações de temperatura, a pressão do vento ou o peso do próprio espelho podem deformá-los. O espelho do NTT tinha uma diferença importante: estava montado em cima de um mecanismo de suporte que corrigia estas deformações ...

28 de Outubro de 2024: Algo de estranho está a acontecer na NGC 1386, uma galáxia espiral situada a 53 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Erídano. Esta Fotografia da Semana combina dados do VLT Survey Telescope (VST), instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, e do Atacama Large Millimetre/Submillimetre Array (ALMA), operado pelo ESO e pelos seus parceiros internacionais. Quando os astrónomos observaram as regiões centrais desta galáxia, encontraram novas estrelas a formarem-se... embora de uma forma peculiar. As estrelas formam-se frequentemente em enxames estelares — grupos de milhares de estrelas que têm origem em nuvens massivas de gás molecular. O anel azul no centro desta galáxia encontra-se cheio de enxames estelares repletos de estrelas jovens, tal como observado pelo VST. Um novo estudo liderado por Almudena Prieto, astrónoma do Instituto de Astrofísica das Canárias, em Espanha, utilizou dados do Very Large Telescope (VLT) do ESO e do Telescópio Espacial ...

21 de Outubro de 2024: A Terra tem um novo e majestoso visitante. Observado a semana passada por cima do Planetário & Centro de Visitantes Supernova do ESO, o cometa C/2023 A3, também conhecido por Tsuchinshan-ATLAS, visita-nos vindo da distante Nuvem de Oort, um gigantesco aglomerado de objetos gelados que envolve o Sistema Solar. À medida que se ia aproximando do Sol, o cometa ia aquecendo, desenvolvendo assim caudas de poeira e gás que foram observadas em todo o planeta, incluindo na Sede do ESO em Garching bei München, Alemanha. Este cometa foi detectado pela primeira vez no início de 2023 por duas infraestruturas independentes: o observatório Tsuchinshan na China e um telescópio do sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), localizado na África do Sul. Desde então, tem vindo a aproximar-se da Terra, tendo atingindo a sua distância mais próxima ao Sol no mês de Setembro de 2024. O seu brilho atingiu o máximo ...

14 de Outubro de 2024: Apesar de parecer deslumbrante mesmo assim, esta Fotografia da Semana mostra, na verdade, apenas uma pequena área de uma imagem de 1,5 mil milhões de pixels da Nebulosa da Galinha Corredora. É a parte da crista da cabeça da galinha corredora — pelo menos de acordo com algumas pessoas, porque toda a gente parece ver uma galinha diferente! Os dados para esta imagem gigantesca foram capturados pelo VLT Survey Telescope (VST), uma infraestrutura do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica, acolhida e operada pelo ESO. Aproximemo-nos então de Gum 39, nome oficial desta nebulosa, que se situa na constelação do Centauro, a cerca de 6500 anos-luz de distância da Terra. Em torno da nebulosa, estrelas laranjas, brancas e azuis polvilham o céu como fogos de artifício. O brilho rosa que vemos corresponde a hidrogénio gasoso iluminado pela intensa radiação emitida por estrelas recém nascidas. Vemos também faixas escuras de poeira cósmica ...

7 de Outubro de 2024: Nesta Fotografia da Semana, uma antena solitária aponta timidamente para a Lua. Não se trata de um telescópio individual mas sim de uma das 66 antenas que constituem o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), operado pelo ESO e pelos seus parceiros internacionais. Os seres humanos olham para a Lua desde que há memória, no entanto os nossos olhos conseguem apenas captar uma estreita gama de comprimentos de onda, correspondente à luz visível. O ALMA é diferente, já que consegue observar luz com comprimentos de onda milhares de vezes superiores. Quando o ALMA foi apontado pela primeira vez para a Lua em 2008, vimos uma versão do nosso satélite sob uma nova luz — literalmente! As ondas rádio capturadas pelo ALMA não mostram a superfície cinzenta da Lua a que estamos habituados, mas sim a temperatura da sua superfície, mais quente nas zonas viradas ao Sol. Desde então, o ALMA tem ...

30 de Setembro de 2024: Quantas vicunhas consegue ver nesta Fotografia da Semana?* As vicunhas — da família dos lamas e das alpacas — percorrem os Andes chilenos, sentindo-se completamente em casa no planalto do Chajnantor, a 5000 metros de altitude, local onde "mora" também o Atacama Large Millimetre/submillimetre Array (ALMA), um telescópio de última geração do qual o ESO é um parceiro. O ALMA é composto por 66 antenas, as quais podem ser deslocadas pelo transportador amarelo gigante que também vemos na fotografia. As antenas do ALMA situam-se neste local por uma razão importante: as condições extremamente secas do planalto do Chajnantor, nas profundezas do deserto do Atacama, são perfeitamente adequadas para observar alguns dos objetos mais frios do Universo. Em contraste com as estrelas, que são quentes, brilhantes e fáceis de observar, os objetos mais frios — como as nuvens a partir das quais se formam novas estrelas — são muitas vezes ténues ...

23 de Setembro de 2024: Tal como o Sol, o Extremely Large Telescope (ELT) do ESO está a nascer no Cerro Armazones, no Chile. Nesta Fotografia — ou melhor: Timelapse — da Semana, temos a oportunidade de apreciar um nascer do Sol sobre o maior telescópio óptico do mundo. Consegue ver as manchas escuras na superfície do Sol? Nestas áreas enormes, facilmente do tamanho de um planeta, a temperatura é mais baixa do que no resto da superfície do Sol. Este fenómeno pode durar de alguns dias a alguns meses. A quantidade de manchas solares que observamos depende da atividade solar, que vai aumentando e diminuindo ao longo de um ciclo de cerca de 11 anos, prevendo-se um pico de atividade em 2025. O Sol ilumina o local de construção do ELT, quase como se de um teatro de sombras se tratasse. A cúpula de aço, na qual o telescópio ficará protegido do clima rigoroso ...

16 de Setembro de 2024: Sente-se perdido ao olhar para esta Fotografia da Semana? Explorar a nuvem de gás conhecida como IC2948 significa navegar pelo meio de inúmeras estrelas nascidas nesta enorme maternidade estelar. E, no entanto, esta é apenas uma pequena parte de algo muito maior: a Nebulosa da Galinha Corredora. Esta nebulosa cobre uma área do céu noturno correspondente a aproximadamente 25 Luas Cheias e a região que aqui vemos não chega sequer a um terço de uma Lua Cheia. Só foi possível obter um fragmento tão pormenorizado desta nebulosa graças a uma imagem de 1,5 mil milhões de pixels obtida pelo VST (VLT Survey Telescope), acolhido e operado pelo ESO. Situada na constelação do Centauro, a Nebulosa da Galinha Corredora é um labirinto de gás, poeira e estrelas jovens cuja radiação muito intensa corrói o material circundante. A nuvem de gás IC2948 é a região mais brilhante da nebulosa e é aqui ...

9 de Setembro de 2024: Esta Fotografia da Semana mostra uma pequena parte do enxame Hydra I, que contém centenas de galáxias. Cada uma delas tem as suas particularidades e a sua história — hoje, no entanto, concentramo-nos na história da NGC 3312, a maior galáxia espiral conhecida deste enxame. Esta galáxia espiral, situada mesmo no centro da imagem, aparece-nos como uma grande mancha no ecrã, derramando o seu conteúdo para o meio circundante, "vítima de um roubo astrofísico" levado a cabo por um fenómeno conhecido como varrimento por pressão dinâmica. Este fenómeno ocorre quando uma galáxia se move através de um fluido denso, como é o caso do gás quente que existe entre as galáxias que compõem um enxame. Este gás quente roça-se contra o gás mais frio que se encontra nas regiões mais exteriores das galáxias, “puxando-o” para fora e provocando a sua fuga para o exterior galáctico. Este gás frio é a ...