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Concluída a peça em bruto do espelho M5 do ELT
15 de Maio de 2024
O quinto espelho na trajetória da luz colectada pelo Extremely Large Telescope (ELT) do ESO, M5, atingiu um marco importante: a peça em bruto de material moldado que é posteriormente polido para se tornar o espelho, acaba de ser finalizada. O ELT terá cinco espelhos no total e o M5 é o mais pequeno de todos eles, no entanto, a construção do seu molde não foi tarefa fácil. A empresa francesa Mersen Boostec fabricou este componente nas suas instalações perto de Tarbes, no sudoeste de França.
O M5 é um espelho plano e elíptico com 2,7 por 2,2 metros, construído a partir de seis segmentos soldados entre si. Pode não parecer muito quando comparado com o enorme espelho primário de 39 metros do ELT, mas, na realidade, será o maior espelho basculante do mundo.
Juntamente com o M4, o M5 é um componente crucial do sistema de óptica adaptativa do ELT: a sua sinergia única permitirá ao ELT obter imagens extremamente nítidas, compensando perturbações causadas por mecanismos do telescópio, vibrações do vento e turbulência atmosférica. Para estabilizar as imagens, o M5 ajustará a sua posição 10 vezes por segundo sem se curvar.
Este desafio exigiu que a Mersen Boostec fabricasse a peça em bruto do M5 a partir de um material muito especial: carboneto de silício, que é simultaneamente muito rígido e muito leve. No topo, foi depositada, átomo por átomo, uma camada fina de carboneto de silício, para garantir que a superfície da peça em bruto possa ser polida com uma precisão inferior a um centésimo da espessura de um cabelo humano.
A empresa francesa Safran Reosc, que já recebeu a peça em bruto, irá agora inspeccioná-la e posteriormente integrá-la no seu suporte, poli-la já montada e fornecer o equipamento necessário para o seu manuseamento, transporte, funcionamento e manutenção. A empresa espanhola SENER Aeroespacial está encarregada do design, construção e verificação da célula do espelho (o seu sistema de suporte), bem como do sistema de controlo e dos equipamentos auxiliares.
O Extremely Large Telescope do ESO, o maior olho do mundo virado para o céu, está preparado para enfrentar os maiores desafios astronómicos da nossa época, prometendo descobertas revolucionárias logo após a sua a primeira luz, prevista para o final desta década. A construção das componentes individuais do telescópio, tais como o M5, está a levar a tecnologia aos seus limites.
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