25 de Junho de 2015
As galáxias são conjuntos de centenas de milhares de milhões de estrelas. Mas sabia que algumas galáxias crescem ainda mais ao devorar galáxias mais pequenas?
Já há algum tempo que os astrónomos acreditam nesta hipótese mas têm tido dificuldades em prová-lo. Após uma galáxia ter sido comida é praticamente impossível encontrar evidências de que tenha existido. É como procurar água lançada de um balde para um lago. A água rapidamente mistura-se sem deixar rasto.
Da mesma forma, as estrelas da galáxia mais pequena introduzem-se na galáxia maior tornando-se quase impossível dizer qual a galáxia de origem das estrelas. Mas os astrónomos pensaram agora numa forma inteligente de encontrar a galáxia devorada. Observam as nuvens de poeira e gás cósmico designadas por nebulosas planetárias.
As nebulosas planetárias são menos comuns do que as estrelas e podem ser encontradas muito mais facilmente que as estrelas individuais.
Agora, imagine de novo a água do balde a ser atirada para o lago. Mas neste caso quando a água estiver barrenta. Quando a água se junta à do lago podemos ver pedaços de lama a mover-se pelas ondas da superfície
As nebulosas planetárias funcionam como as partículas de lama e mostram-nos as ondas da galáxia pequena a mover-se através da galáxia maior.
Esta técnica foi utilizada numa famosa galáxia elíptica gigante - Messier 87. Os astrónomos observaram 300 nebulosas planetárias no interior desta galáxia e descobriram que tem um segredo obscuro. Em determinada altura no último milhar de milhões de anos esta galáxia engoliu uma galáxia em espiral!
Facto curioso
Tentar encontrar uma nebulosa planetária em Messier 87 é o mesmo que tentar encontrar uma lâmpada de 60 watt em Vénus a partir da Terra!