22 de Abril de 2015
Recorda-se da canção “Um mundo ideal” que Aladino cantou a Jasmine sobre um mundo novo a descobrir? Na realidade estas palavras poderiam pertencer ao Observatório Europeu do Sul. Graças a um dos seus telescópios podemos agora, pela primeira vez, estudar um planeta fora do sistema solar usando a luz refletida pela sua superfície!
Até esta data já foram descobertos cerca de 2000 exoplanetas. Os astrónomos conseguiram realizar as suas descobertas anteriores destes planetas utilizando truques inteligentes como "observar a oscilação" http://www.unawe.org/kids/unawe1234/pt ou usando estrelas como lupas.
Isto deve-se ao facto dos planetas serem extremamente débeis e estarem muito distantes. Acabam por perder-se facilmente entre o esplendor das radiantes estrelas em torno das quais orbitam. Tentar fotografar um planeta distante é como tentar ver um pequeno brinquedo que brilha no escuro num quarto cheio de luz.
51 Peg b pode não ser um nome muito emocionante mas é o nome de um planeta muito especial. Há vinte anos atrás tornou-se o primeiro planeta exoplaneta a ser descoberto a orbitar uma estrela normal (o que os astrónomos chamam de sequência principal) como o nosso Sol. Agora tornou-se o primeiro exoplaneta a ser estudado diretamente com luz visível.
A capacidade de captar luz de mundos distantes é algo muito emocionante. Irá permitir-nos conhecer toda uma série de factos sobre eles. Podemos agora medir o seu tamanho, o caminho percorrido durante a sua órbitas e muito mais!
Por exemplo, já descobrimos que 51 Peg b é maior do que Júpiter, mas muito menos denso e que orbita muito mais próximo da estrela mãe, o que o torna um mundo abrasadamente quente! Talvez não seja o lugar ideal para visitar mas é um passo na direção certa.
Facto curioso: Os cientistas calcularam que milhares de milhões de estrelas na nossa galáxia terão entre um e três planetas que poderão ter água à sua superfície - o ingrediente fundamental para a vida!