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Um “baby boom” estelar

17 de Abril de 2013

As maiores explosões de nascimento de estrelas, no universo inicial, tiveram lugar em galáxias que continham grandes quantidades de poeira cósmica. Mas a poeira que torna estas galáxias tão férteis obscurece-as à vista, tornando-as muito difíceis de detetar com telescópios normais. Há mais de 10 anos, que os astrónomos têm tentado obter uma imagem mais detalhada destas galáxias, todas elas sofrendo um maciço "baby boom" estelar. Agora, após quatro semanas em ação, o telescópio especial ALMA conseguiu encontrar mais de 100. Isto é mais do que todos os outros telescópios juntos encontraram! Pode ver uma seleção destas galáxias nestas imagens.

Para distinguir estas galáxias distantes de seu ambiente tenebroso, os astrónomos têm de utilizar telescópios que observam um tipo especial de luz que pode penetrar na névoa espessa, o telescópio ALMA é um deles.

Uma das características da luz é a de se comportar como uma onda. Diferentes tipos de luz têm ondas de diferentes tamanhos. O comprimento da onda é chamado de “comprimento de onda”. É medido da crista (ponto mais elevado) de uma onda até à crista mais próxima (ver imagem 2). Ondas de rádio, luz visível (a luz que nossos olhos podem ver) e micro-ondas são os diferentes tipos de ondas de luz. O ALMA “olha” para o universo em ondas de rádio, que têm um comprimento de onda de cerca de um milímetro. Estas podem penetrar a névoa espessa que obscurece estas galáxias férteis.

Anteriormente, acreditava-se que algumas destas galáxias formavam estrelas a um ritmo mil vezes maior que a nossa galáxia, a Via Láctea. Isso iria colocá-las em elevado risco de autodestruir-se! No entanto, novas imagens do ALMA revelaram que estas galáxias aparentemente suicidas são realmente apenas uma série de galáxias de menores dimensões que estão formando estrelas a um ritmo muito mais seguro.

Esta é a versão para crianças da Nota de Imprensa do ESO eso1318.