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Novo Laser melhora as capacidades do VLT

21 de Fevereiro de 2013

Um novo laser mais poderoso acaba de ser testado com sucesso no Observatório do Paranal do ESO, tendo sido formalmente aceite hoje. Este novo laser chama-se PARLA e será uma parte fundamental da Infraestrutura de Estrela Guia Laser (LGSF, sigla do inglês) no Very Large Telescope do ESO (VLT).

O laser é usado para gerar uma estrela artificial a cerca de 90 quilómetros de altitude na atmosfera [1]. Esta informação é depois utilizada para ajustar em tempo real os espelhos deformáveis, de modo a corrigir as observações da maior parte das perturbações causadas pelo constante movimento da atmosfera, criando assim imagens muito mais nítidas.

Este novo laser irá aumentar grandemente a fiabilidade e flexibilidade das operações da LGSF. O sistema usa tecnologia semelhante àquela que será utilizada nos quatro lasers da futura Infraestrutura de Óptica Adaptativa, que se encontra atualmente em desenvolvimento no ESO. O novo laser tem uma potência de 7 watts e é muito estável.

Durante a fase de encomenda e para efeitos de demonstração, foram observados com sucesso alguns alvos difíceis, utilizando o novo laser em conjunção com diferentes instrumentos do VLT. Entre estes alvos incluiu-se o planeta anão Haumea e os seus satélites e a peculiar radio galáxia Centaurus A.

Esta atualização da fonte laser tira partido da nova tecnologia do estado sólido de fibras laser Raman, que se encontra atualmente em desenvolvimento no ESO, em conjunto com parceiros industriais, para a Infraestrutura de Óptica Adaptativa do ESO. O sistema demonstrou já grande fiabilidade, o que permite fazer observações difíceis mais amiúde. Esta infraestrutura permitirá ao ESO levar a cabo programas de difícil execução, que necessitem de estrelas guia laser cada vez que as condições atmosféricas o permitam.

O laser original, PARSEC, utilizado até agora estava já no final da sua vida, tendo funcionado durante seis anos e ajudado a fazer novas descobertas importantes. A atualização simplifica enormemente  as operações laser e dá aos astrónomos mais flexibilidade no planeamento das suas observações.

Notas

[1] Uma estrela artificial é criada quando o laser interage com uma camada de átomos de sódio, com uma espessura de 10 quilómetros, situada na mesosfera, causando fluorescência nestes átomos. O sódio atómico tem uma transição óptica no comprimento de onda de 589 nanómetros. Os parâmetros do laser são ajustados de modo a excitarem este átomo de forma eficaz.

Contactos

Steffan Lewis
ESO
Garching bei München, Germany
Tel: +49 89 3200 6931
Email: slewis@eso.org

Frederic Gonte
ESO, Paranal Observatory
Chile
Tel: +56 55 43 5248
Email: fgonte@eso.org

Richard Hook
ESO, Public Information Officer
Garching bei München, Germany
Tel: +49 89 3200 6655
Cell: +49 151 1537 3591
Email: rhook@eso.org

Sobre o anúncio

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Imagens

O novo laser PARLA em operação no Observatório do Paranal do ESO
O novo laser PARLA em operação no Observatório do Paranal do ESO
O novo laser PARLA em operação no Observatório do Paranal do ESO
O novo laser PARLA em operação no Observatório do Paranal do ESO